Clique na imagem para aumentar |
“Estamos injetando combustível neste momento em que conversamos”, disse Paek Chang-Ho, diretor do Centro de Controle de Satélites, no subúrbio de Pyongyang, durante visita de jornalistas estrangeiros.
O foguete de 30 metros de altura e 2,5 metros de diâmetro, colocará em órbita um satélite de observação da Terra, o Kwangmyongsong-3 (Estrela Brilhante), para coletar informações sobre as plantações, florestas e os recursos naturais da Coreia do Norte.
Contudo, os Estados Unidos e seus aliados, em particular a Coreia do Sul e o Japão, denunciam que trata-se de um disfarce de míssil balístico de longo alcance, que poderá ser o primeiro passo, segundo fontes militares sul-coreanas, para um teste nuclear.
Vários países já ameaçaram abater o foguete caso ele realmente seja lançado. Em resposta, Pyongyang disse que interpretará a derrubada de seu foguete como uma ‘declaração de guerra’.
Também nesta quarta-feira, a Coreia do Norte consagrou seu novo líder Kim Jong-un em uma histórica reunião de seu partido único. A conferência do Partido do Trabalho da Coreia (PTC) designou formalmente no cargo Kim Jong-un, que sucedeu seu pai Kim Jong-il, falecido no dia 17 de dezembro de 2011 e que ostenta agora o título honorífico de chefe eterno do partido.
Segundo o jornal oficial do PTC, o regime também designou um novo ministro das Forças Armadas, o que, segundo os observadores, constitui um sinal de uma renovação de gerações no seio da cúpula norte-coreana orquestrada por Kim Jong-un para assentar sua autoridade perante os militares.
A conferência extraordinária, a quarta realizada desde a criação em 1948 da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), marcou o início das celebrações do centenário do nascimento de seu fundador, Kim Il-sun, avô falecido do novo dirigente. A propaganda oficial inundou nesta quarta-feira os meios de comunicação oficiais com mensagens à glória de Kim Jong-un, que tem menos de trinta anos e já foi alçado ao patamar de comandante supremo das forças armadas norte-coreanas, à frente de 1,2 milhão de homens.(com informações da agência France-Presse)